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Lisboa - Eléctrico 28

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Rui:
Apresento agora o relato de um passeio feito já há alguns meses.
Digamos que é um passeio diferente, o qual nunca tinha feito, mesmo já morando nos arredores de Lisboa há mais de 12 anos e de por lá ter estudado, nunca se proporcionou. Muito apreciado por turistas estrangeiros, pois permite ver uma parte da capital que nem sempre aparece em fotos ou guias turisticos. Tem o seu quê de pitoresco passar em alguns bairros antigos, com o seu comércio tradicional, as suas gentes e costumes. Apesar de muito famoso entre os turistas, serve essencialmente para as pessoas que moram nos locais onde ele passa, principalmente os idosos. Na parte inicial, entre o Martim Moniz e a Sé, nota-se uma grande degradação da maioria dos edificios, o que é pena.

Para começar, um pouco de história:

O eléctrico 28 que actualmente cobre o extenso percurso desde os Prazeres até à Graça (e ao Martim Moniz no seu itinerário mais longo) é o mais emblemático exemplar da rede de eléctricos da Carris em Lisboa. Desde a inauguração da linha em 1914, restrita a um trecho entre a Praça de Camões e a Estrela, que a sua rota já incluía algumas das mais belas passagens da cidade.

Ao longo das primeiras décadas do século passado, o "28" foi ampliando o seu trajecto pelas colinas de Lisboa, primeiro através de um prolongamento até à Estrela, em 1928, quando passou a ser conhecido com o nome de linha 28 Rossio-Estrela, e quatro anos mais tarde com a inclusão de mais um trecho até os Prazeres. Onze anos depois, surgia uma linha adicional, a 28 A, desde a Rua da Conceição até os Prazeres. É somente em 1973 que o Eléctrico 28 passa a cumprir o extenso percurso até a Graça, tornando-se um dos "ex-libris" da capital e atraindo um crescente número de turistas encantados pela habilidades dos condutores através das curvas apertadas e das ruas estreitas do bairro.

Em 1984, o trajecto é mais um vez aumentado, desde a Graça ao Martim Moniz, devido à eliminação de outras linhas e ao reforço do serviço com a linha 28 B, que fazia a rota Martim Moniz-Rua da Conceição, que mais tarde foi também prolongada até à Estrela. Cinco anos mais tarde é inaugurada a raquete na Praça de Camões, um tipo de términos circular onde o eléctrico não necessita de executar a manobra de inversão de
marcha, que também viria a ser instalada na Estrela e nos Prazeres, na Praça S. João Bosco.

Assim, os típicos carros bidirecionais da série "700", com potência de 90 cavalos (dois motores de 45 cavalos), travões manuais a ar comprimido, electromagnético e electropneumático, fabricados por Leito Maley & Taunton, continuam a circular pelas colinas de Lisboa, com a inconfundível pintura amarela e o constante tilintar da campainha.

Um verdadeiro eléctrico do desejo, o "28", mais do que um simples meio de transporte, é uma forma original de passear por Lisboa e conhecer a sua história. Até para quem aqui vive.

In Rotas & Destinos

O percurso está aqui: http://www.carris.pt/pt/electrico/28E/descendente/

Neste dia fiz o percurso a partir do Martim Moniz até aos Prazeres e como o cartão "Lisboa Viva" ainda dava, foi feito o percurso de volta ao local de partida.



















































































































































































































Artur:
ora ai está algo diferente, boas fotos rui ;)

Rui:
Obrigado Artur.
Faltou referir que estas fotos foram tiradas no dia 29-03-2012.

sHinta:
Excelente report fotográfico da minha zona :P! Não viste os Sr. Carteiristas?

Rui:
Houve um artista que me pareceu ser dessa profissão. Mas como o eléctrico ia com pouca gente, o gajo acabou por sair e entrou logo de seguida noutro. :laugh:

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