Forum RenaultPT

Àrea Tecnica => Combustiveis => Tópico iniciado por: pauloans em 04 de Fevereiro de 2011, 21:43 pm

Título: GPL, um artigo recente.
Enviado por: pauloans em 04 de Fevereiro de 2011, 21:43 pm
(um obrigado ao JuizDidi de http://www.dragteam.info (http://www.dragteam.info) pelo texto sem ser em PDF)
[size=150]GPL - A sigla certa para poupar nos combustíveis[/size]
 
Abastecer o automóvel está cada vez mais caro. Os preços do gasóleo e da gasolina não param de subir. Estão, mesmo, em máximos históricos. Valores recorde que se tornam incomportáveis e que incentivam a procura por alternativas. Uma delas é o GPL. Pode permitir uma poupança de mais de 700 euros ao final de um ano.
 
(http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_01/jerican_not_baixo.jpg)
Alguma vez pensou ter um carro a GPL? Não. Porquê? Não é seguro. Estraga o motor e, ainda por cima, gasta mais. Estes são alguns dos mitos sobre este combustível alternativo. Mitos. Porque, na realidade, um veículo a GPL não tem mais, nem menos, problemas do que um a gasolina ou a gasóleo. É verdade que gasta mais, mas também o preço por litro é substancialmente mais baixo.
Numa altura em que os consumidores enfrentam subidas acentuadas nos preços dos combustíveis, e em que tanto a gasolina como o gasóleo estão em máximos históricos, o GPL pode ser uma boa solução. Pode permitir contornar os recordes e, assim, gerar uma poupança significativa de cada vez que tem de ir ao posto de abastecimento para atestar o veículo.
O litro de GPL não está imune às subidas de preços. No último ano, o valor por litro subiu 18%. Ainda assim, está nos 0,745 euros, de acordo com os dados semanais da Direcção Geral de Energia e Geologia. Ou seja, um litro de GPL custa sensivelmente metade do que um de gasolina de 95 octanas. Uma diferença substancial que pode traduzir-se numa poupança de 770 euros ao ano, de acordo com cálculos do Negócios.
Esta poupança tem em conta que serão percorridos 20 mil quilómetros num ano e que um veículo a GPL gasta um pouco mais. "É normal é que haja um aumento no consumo na ordem dos 20%. Ou seja, um carro que gaste cerca de oito litros de gasolina a cada 100 quilómteros, passará a consumir 9,5 a 10 litros, em números redondos, de GPL", explicou Miguel Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC).
Mesmo com o consumo adicional, um veículo a GPL revela-se mais económico face a outro a gasolina. Comparativamente a um carro a gasóleo, também há uma poupança mas é menor, na ordem dos 25 euros por ano, isto porque estes últimos apresentam consumos substancialmente mais baixos. No "confronto" entre estes dois combustíveis, o custo de instalação do sistema de GPL não compensa.
No caso da gasolina, a situação é bem diferente. "O preço de instalação de um sistema de GPL não varia muito. Depende das características dos motores, mas o preço ronda, normalmente, os 1.500 euros", disse Miguel Rodrigues ao Negócios. Um valor que rapidamente é amortizado. Assumindo que o utilizador percorre 20 mil quilómetros por ano, consegue-se anular o custo inicial ao final de dois anos.
É esta poupança que está a atrair os portugueses. "Actualmente, a estimativa é de que existam cerca de 60 mil carros a GPL", referiu o presidente da ANIC. Seriam mais se houvesse "alguma da motivação adicional na aquisição de veículos novos a GPL" como há na Inglaterra, onde existe uma redução dos custos de circulação, nomeadamente no centro de Londres". Em Itália ou França, há "benefícios fiscais obtidos que muitas das vezes equivalem ao valor da conversão e até o ultrapassam".
Mesmo não existindo incentivos à conversão de veículos para GPL, estes deverão aumentar. "É normal que as pessoas procurem combustíveis alternativos quando os preços da gasolina e do gasóleo disparam", disse o mesmo responsável. "A conjuntura económica actual favorece a procura pelo GPL".
Mas são muitos os que resistem à mudança. A explicação está numa série de receios em torno deste combustível. O principal é o de que os carros a GPL podem explodir. Poder podem, mas também todos os outros. "Actualmente, é impossível que haja falhas de segurança nestes sistemas", garantiu Miguel Rodrigues. "É uma questão que não se coloca".
Outro ponto que afasta os portugueses do GPL é o facto de estes carros não poderem ser estacionados em parques subterrâneos. Algo que poderá mudar em breve já que a ANIC avançou com um pedido de alteração à legislação para os carros movidos a GPL: "solicitamos que passem a haver inspecções periódicas, tal como as que existem para os restantes veículos, em que sejam avaliadas também as condições do sistema de GPL", explica Miguel Rodrigues.
(http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)
[size=100]Instalação de GPL amortizada ao fim de dois anos[/size]
Há marcas que vendem carros novos a GPL. Mas são poucas. Daí que a maioria opte pela conversão dos veículos, através da instalação de sistemas de GPL. Quanto custam? O preço varia, mas muito pouco. Ronda os 1.500 euros. É um investimento algo elevado, mas que rapidamente poderá ser compensado. Tendo em conta os actuais preços do litro de GPL e da gasolina de 95 octanas, e assumindo que o utilizador percorre 20 mil quilómetros por ano, o custo inicial terá sido amortizado ao final de dois anos. A partir daí, e assumindo os preços actuais, é só poupar. Por ano, a diferença de gasto em combustível atinge os 770 euros. Face aos veículos a gasóleo, a vantagem é menor, porque os consumos destes últimos são mais baixos. Mas, atenção: os veículos a gasóleo são invariavelmente mais caros.
 
GPL (http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)
[size=100](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_01/jerican_azul.jpg)Consumo médio[/size]
[size=100]7,8l/100km[/size]
[size=100]Litros num ano[/size]
[size=100]1.560 euros[/size]
[size=100]Custo anual[/size]
[size=100]1.162 euros[/size]
[size=100]Gasóleo (http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)[/size]
 
[size=100](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_01/jerican_cinzento.jpg)Consumo médio[/size]
[size=100]4,6l/100km[/size]
[size=100]Litros num ano[/size]
[size=100]920 euros[/size]
[size=100]Custo anual[/size]
[size=100]1.190 euros[/size]
[size=100]Gasolina (http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)[/size]
[size=100](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_01/jerican_verde.jpg)Consumo médio[/size]
[size=100]6,5l/100km[/size]
[size=100]Litros num ano[/size]
[size=100]1.300 euros[/size]
[size=100]Custo anual[/size]
[size=100]1.932 euros[/size]
[size=100]Nota: Os valores apresentados como custo anual com combustível têm por base uma média de 20 mil quilómetros por ano, e os preços médios referentes à última semana, apresentados pela DGEG. O consumo médio estimado para o veículo a GPL assume um aumento de 20% face ao da gasolina.[/size]
[size=100]Para as médias combinadas, tiveram por base os consumos anunciados para o Renault Mégane III a gasolina (1.4 TCs de 130CV) e a gasóleo (1.5 dci 110CV). A selecção do modelo teve por base o facto de ter sido um dos carros mais vendidos em 2010.[/size]
 
 [size=150]Carros novos a GPL - Burocracia dita pouca oferta[/size]
 
São poucas as marcas que incluem na sua gama comercial veículos já equipados com sistemas de GPL. Em Portugal, só há três fabricantes que o fazem, o que é explicado, em parte, pela dificuldade na obtenção de homologação destes veículos quando a sua conversão é realizada em Portugal, antes da matrícula.
A grande maioria dos carros a GPL que circula em Portugal nem sempre teve este combustível como principal fonte de energia. Tendencialmente, são carros que foram comprados e, posteriormente, convertidos, muitas vezes à revelia da marca e com perda de garantia, caso ainda existisse. Mas já há fabricantes que vendem carros novos a GPL.
Nos últimos anos, algumas marcas passaram a incluir na sua oferta comercial carros a GPL. Não são, no entanto, muitas. "Só três marcas arriscaram comercializar veículos a GPL. Foram a Mitsubishi e a Subaru e actualmente a Chevrolet", disse Miguel Rodrigues, Presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC), em declarações ao Negócios.
A Chevrolet comercializa o modelo Aveo, em todas as suas configurações, e deverá introduzir em breve mais um modelo, o Spark, na gama de veículos a GPL, a qual recebe a designação de "Bi-FUEL" (uma vez que permite a utilização tanto de GPL como de gasolina, de forma alternada). O "marketing" destes veículos é fácil: "desconto de 50% sempre que abastecer", diz a Chevrolet, numa clara referência ao facto do litro de GPL custar, actualmente, cerca de metade do preço por litro de gasolina.
Nuno Heleno, director de comunicação da Chevrolet Portugal, afirma que tem "havido procura. A adesão tem sido boa. Neste momento, a oferta de GPL representa cerca de 40% das vendas do Aveo". Um bom resultado que permite à marca manter a confiança neste combustível alternativo à gasolina.
As fabricantes "sentem grandes dificuldades" em ter uma oferta comercial de veículos a GPL, "isto porque o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) dificulta a homologação do sistema de GPL antes do veículo ser matriculado", explicou Miguel Rodrigues.
O especialista afirma que "se as marcas converterem os carros em Portugal, não os conseguem legalizar, mas se os mandarem vir de fora já com o sistema de GPL instalado com o mesmo equipamento e processo de instalação que é praticado cá, o IMTT aceita administrativamente a alteração sem qualquer validação adicional". No caso da Chevrolet, os carros "são importados de Itália já com o sistema de GPL", diz Nuno Heleno.
Mesmo com todos os entraves, as marcas mantêm a aposta. Fazem-se valer do facto de este ser um combustível substancialmente mais barato do que os tradicionais, com o "bónus" de oferecerem a quem compra um carro a GPL novo, ter garantia da própria marca.
"Quando alguém procede à conversão de uma viatura própria, já em circulação, mas ainda em período de garantia do fabricante, é prática comum as marcas resolverem a garantia de fabrico invocando intervenção não autorizada", explicou Miguel Rodrigues.
Daí que seja "prática comum proceder à conversão após o período de garantia do fabricante do automóvel, ou ainda em garantia, mas abdicando da oficina da marca e passando a utilizar os serviços da rede de instaladores credenciados e associados da ANIC-GPL que proporcionam igualmente serviços de mecânica geral de qualidade certificada".
(http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)
 
[size=100](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_01/jerican_not_baixo.jpg)[/size]
[size=100]Motores "diesel" a GPL?[/size]
Já há "kits", mas são caros e o sistema não funciona de forma tão eficiente como nos motores a gasolina.
Os "kits" GPL já existem há vários anos., mas para motores a gasolina. Mais recentemente, surgiram no mercado sistemas de GPL para veículos a gasóleo, mas ao contrário do que acontece nos primeiros, para estes motores a conversão não é tão rentável.
"Neste momento já é possível converter carros a gasóleo para GPL, mas não é tão eficaz", explicou Miguel Rodrigues, Presidente da Associação Nacional de Instaladores e Consumidores de GPL (ANIC), ao Negócios.
Porquê? "A instalação é mais cara e o motor continua a consumir gasóleo". Só "cerca de 30% são substituídos por GPL", acrescentou o responsável, lembrando que a conversão só deve ser feita em casos em que a utilização seja intensiva.
"Esta adaptação ainda é feita essencialmente aos pesados pelos factores de maior consumo por quilómetro e número de quilómetros percorridos por ano", diz Miguel Rodrigues. "Um pesado com consumo típico de 40 litros de gasóleo a cada 100 quilómetros e cerca de 100.000 quilómetros por ano consegue recuperar o investimento de cerca de 5.000 euros em menos de um ano", conclui.
(http://www.jornaldenegocios.pt/images/2009_08/traco_laranja.jpg)
[size=100]Cinco mitos sobre os carros a GPL[/size]
Há uma série de mitos que afastam os condutores dos veículos que utilizam GPL. O principal é o de que podem explodir, em caso de colisão. Mas há outros, como o de que o GPL estraga o motor, reduz-lhe a potência e aumenta exponencialmente o consumo de combustível. Gasta mais, é um facto. Mas não muito mais, e o combustível é mais barato.
1. [size=100]Reservatórios de GPL explodem[/size]
Muitos condutores mantêm reservas sobre o GPL. E um dos principais argumentos é o receio de que o reservatório expluda numa situação de embate. Mas, actualmente, essa é uma questão que não se coloca. Os sistemas de GPL são instalados por entidades credenciadas e depois são validados numa Inspecção Extraordinária em centros de inspecção automóvel de categoria B. Desde 2006 que as falhas de segurança nestes sistemas são estatisticamente desprezáveis desde que sejam cumpridas as boas práticas de instalação.
 
2.[size=100] Estraga o motor dos carros[/size]
Desde que o funcionamento do motor a gasolina esteja perfeito não são expectáveis problemas após a instalação de um "kit" GPL. Poderão existir casos de motores mais exigentes onde, a necessidade de um substituto dos aditivos utilizados na gasolina, é impreterível, pois o aumento da temperatura dos gases de escape é quase inevitável. Nestes casos específicos o instalador está tecnicamente documentado para poder identificar as soluções mais adequadas.
 
3. [size=100]GPL tira potência[/size]
O mito da perda de potência é uma consequência histórica. Os sistemas de GPL mais antigos instalados em motores de carburador eram ineficientes, havendo uma perda de potência nos veículos que poderia chegar a 10%. Mas, actualmente, com os sistemas de gestão electrónica isso já não acontece. Inclusive, existem casos de motores turbo em que a afinação adequada permite um aumento de potência aproveitando a maior octanagem do GPL.
 
4. [size=100]Consumos disparam[/size]
O aumento exponencial nos consumos, após a conversão para GPL, é um mito. De facto, um carro a GPL gasta mais, mas não muito mais. O aumento registado resulta das características do próprio combustível. É normal haver um aumento no consumo na ordem dos 20% em número de litros. Mas também é preciso ter em conta que o custo deste combustível é muito mais baixo e acaba por compensar em termos económicos com uma redução de cerca de 40%.
 
5. [size=100]Carros ficam sem bagageira[/size]
Um dos mitos sobre o GPL é que a instalação dos reservatórios acabam por tirar espaço à bagageira. Antigamente os reservatórios em cilíndricos, retirando de facto espaço para arrumação na mala, mas os novos "kits" acabam com esse problema. Os reservatórios em forma de "donut" são montados no local onde está o pneu suplente, pelo que a bagageira não sofre qualquer perda. Para solucionar o facto de ficar sem suplente, o condutor deve adoptar um "kit" de reparação de furos.
 
in JNeg
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: MRC em 04 de Fevereiro de 2011, 22:01 pm
Logo nas primeiras orações há omissão de um facto: Todos os refinados de petróleo estão mais caros, e não apenas a gasolina e o gasóleo. Aliás, o GPL tem aumentado relativamente mais, já situando-se na casa dos 80 cent./litro (contra os 50/60cent de há uns meses).

Depois há aí mitos bem desfeitos outros que não me convencem. Mas se tivesse que fazer muitos kms por ano e não quisesse abdicar do belo do Otto e não quisesse um carro para guardar, seria sim uma opção a ter em conta.

Btw, bom artigo!
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo em 04 de Fevereiro de 2011, 23:29 pm
Obrigado pela partilha, visto ser algo que irei fazer em breve  :smiley:
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: pauloans em 06 de Fevereiro de 2011, 14:54 pm
Sim, o GPL em Pt está mais caro porque as gasolineiras esforçam-se por o manter a cerca de 50% da gasolina.
Nos mercados internacionais o GPL está a descer e cá, se os preços estivessem normais, deveria estar entre 20 a 25 cts mais barato por litro.
Só lembrar, que o GPL não é derivado exclusivamente de petroleo, aliás, 50% (em média) é obtido da extracção de gás natural
Infelizmente, grande parte do gás, independentemente do seu grau de pureza, é destruído nas torres de extracção, devido ao baixo preço, as plataformas destroem-no imediatamente, queimando-o (ainda assim menos agressivo para o meio ambiente que larga-lo para atmosfera... go figure) no local.
Para terem uma ideia, à pouco tempo atrás, apenas 2% do gás extraído em Angola era aproveitado...
Obviamente que o aproveitamento deste, faria descer os lucros das companhias...
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: mferreira em 07 de Fevereiro de 2011, 09:06 am
Assim que adquiri o meu R21, foi logo transformado em "bomba relógio"  :evil: (outro mito pois perigoso são as botijas de casa que não têm sistemas de segurança).

Resultado: Muito satisfeito!!  :dance: :dance:
Só é pena não ser o 21Turbo  :w00t: , isso é que éra!

MF
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Twilight em 07 de Fevereiro de 2011, 14:27 pm
O Meu Clio I de 91 foi presentiado com um kit GPL pouco passava dos 100000 kms andou nas minhas mãos até aos 250000kms e depois de o vender já me chegou aos ouvidos que quem o tem esta super-satisfeito com o GPL e não quer outra coisa.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo em 21 de Junho de 2011, 20:51 pm
Bem tenho de dar aqui o meu feedback que ainda nao tinha dado... Até agora tudo impecável após instalação do kit, ate agora (após 3mil km's feitos) continua tudo impecável, sem duvida que recomendo e muito! Consigo encher o deposito com pouco mais de 40€ enquanto que se fosse a gasolina, 70€ nao me chegam...
Eu tenho mais que a recomendar a instalação do kit GPL, certamente que me vai rentabilizar e muito o investimento  :happy:
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: RICOANA em 08 de Agosto de 2011, 20:49 pm
Eu sou um fan incondicionado do GPL, tinha 3 carros a GPL, um Peugeot 205 com 280000km ( incendiou-se por curto circuito e o GPl não estoirou), um Citroen BX 16 TRZ e por ultimo , para o aficionado dos 21, tenho um 21 turbo a GPL.

E digo-vos, melhor não ha. :dance:
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Pedrob em 08 de Agosto de 2011, 21:21 pm
Bem tenho de dar aqui o meu feedback que ainda nao tinha dado... Até agora tudo impecável após instalação do kit, ate agora (após 3mil km's feitos) continua tudo impecável, sem duvida que recomendo e muito! Consigo encher o deposito com pouco mais de 40€ enquanto que se fosse a gasolina, 70€ nao me chegam...
Eu tenho mais que a recomendar a instalação do kit GPL, certamente que me vai rentabilizar e muito o investimento  :happy:

Oi?

o tce?  :grin:
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Xmarine em 08 de Agosto de 2011, 21:27 pm
Não...é a o esquentador italiano que ele tem :D
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Pedrob em 08 de Agosto de 2011, 21:53 pm
Não...é a o esquentador italiano que ele tem :D

loll
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo em 09 de Agosto de 2011, 02:28 am
Não...é a o esquentador italiano que ele tem :D

Na bp o gpl passou de 0,82 para 0,79 :) viva o esquentador é o que te digo :)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Pedrob em 12 de Agosto de 2011, 20:08 pm
No tce é que era :)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 15 de Setembro de 2011, 01:41 am
Boas!!

Eu tambem já pensei em mudar para GPL, mas só não avancei ainda para a mudança porque não há bombas GPL nas proximidades, eu moro em Alenquer e trabalho em Ponte de Sor, e bombas de GPL, nem velas... so a da A1 em Aveiras, e fica muito fora de mão  :sad: !!
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Bzidroglio em 16 de Setembro de 2011, 02:12 am
Se vieres por Almeirim, tens logo 2 (Repsol e independente) e mais 2 em Santarém (Galp e E.Leclerc).
O independente (Ouro Negro) mantém a 70 cêntimos o litro.
Se fores por este caminho http://viajar.clix.pt/chegar.php?c=231&lg=pt&origem=Lisboa|38.725229,-9.150152 (http://viajar.clix.pt/chegar.php?c=231&lg=pt&origem=Lisboa|38.725229,-9.150152) (Alenquer-Ponte de Sor) tens a BP na área de serviço de Santarém e em Torres Novas ao pé do TorresShoping
Indo pelo Porto Alto há, ou havia uma bomba de GPL em Samora Correia...
Força nisso!
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo em 16 de Setembro de 2011, 02:14 am
Boas!!

Eu tambem já pensei em mudar para GPL, mas só não avancei ainda para a mudança porque não há bombas GPL nas proximidades, eu moro em Alenquer e trabalho em Ponte de Sor, e bombas de GPL, nem velas... so a da A1 em Aveiras, e fica muito fora de mão  :sad: !!

ja te disseram tudo no post anterior :) é atestares nas zonas em que tens. Por exemplo, em Castelo Branco o unico que há é na A23, a caminho de Alcains na Cepsa ;) contudo continua a compensar para mim :)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo Santos em 23 de Outubro de 2011, 22:02 pm
Olá Gonçalo, reparei que instalaste um kit GPL no teu carro, será que podes ar pormenores do preço? nome do kit, do deposito (quero um com capacidade superior 45.5 Litros).. e claro está, preço..

Obrigado e cumprimentos.

Gonçalo Santos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Gonçalo em 23 de Outubro de 2011, 23:00 pm
Kit da marca Tartarin, deposito cilindrico de 80L (uteis apenas 60L sensivelmente) e preço seguiu por pm ;)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Extremist em 28 de Outubro de 2011, 19:34 pm
Saudações!  :dance:


A minha Laguna também já está em lista de espera para levar GPL ainda este ano! Digamos que será um presente de Natal para mim próprio!  :dance: :happy:
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 17 de Dezembro de 2012, 18:06 pm
Citação de: Super interessante
Vale a pena ou não vale?

O GPL volta a dar que falar

Em tempo de crise, o GPL volta a ser tema de conversa. Converter um carro a gasolina para GPL, ou comprar um modelo novo equipado de fábrica com essa possibilidade, tem custos mas traz benefícios. Como em tudo, há vantagens e desvantagens, mas valerá mesmo a pena?

Desde os anos setenta que existe GPL à venda em Portugal. O gás de petróleo liquefeito é destilado do petróleo, tal como a gasolina ou o gasóleo, sendo o último combustível a ser extraído do crude. Na verdade, trata-se de uma mistura de dois gases, propano e butano, que são sujeitos a uma pressão de 7 bar, para passarem à forma líquida, na qual o GPL é armazenado nos postos de abastecimento e também nos depósitos dos automóveis. É um combustível com 100 octanas, menor percentagem de enxofre do que a gasolina, sem chumbo e que não necessita de aditivos para aumentar a sua performance. Tem apenas um aditivo, o etil mercaptano, que lhe dá um odor para ser mais facilmente detetado, em caso de fugas.

É um combustível adaptado para substituição da gasolina, em motores deste tipo, e, como tem uma combustão mais completa, é menos poluente do que a gasolina e o gasóleo. A sua queima emite essencialmente dióxido de carbono, monóxido de carbono e vapor de água, em valores muito mais reduzidos do que a combustão da gasolina, como se pode ver por estes números: redução de 75 por cento no monóxido de carbono, de 10% no dióxido de carbono, de 85% nos hidrocarbonetos não queimados, de 40% nos óxidos de azoto e de 85% nos gases que atacam a camada de ozono. Face aos motores a gasóleo, tem ainda a vantagem de emitir menos 90% de partículas de fuligem.

Além desta vantagem ambiental, que será apreciada sobretudo por um utilizador com maior consciência ecológica, a grande vantagem do GPL é o seu menor preço: face à gasolina, custa praticamente metade. Um motor a gasolina, quando passa a consumir GPL, aumenta os consumos entre 20 e 30% (o GPL tem um menor poder calorífico por unidade de volume), mas o custo de combustível, por quilómetro, continua sempre a ser mais baixo (é cerca de 40% inferior à gasolina). É por isso que o GPL volta sempre a ser tema de debate, quando chega uma época de crise económica.

Porém, se, até há pouco tempo, quando se falava de automóveis movidos a GPL estava a falar-se obrigatoriamente de um modelo a gasolina convertido posteriormente para consumir GPL, nesta altura já existem no mercado duas marcas que oferecem modelos novos capazes de consumir gasolina ou GPL: a Fiat e a Chevrolet.

A conversão para GPL

Converter um motor a gasóleo para gastar GPL é demasiado caro e não traz benefícios suficientes, em termos de economia de combustível, pelo que não é feito. A conversão de um motor a gasolina para poder consumir GPL é cada vez mais popular, e estima-se que existam 45 mil automóveis a circular em Portugal a GPL. A conversão é sempre feita de modo a que o automóvel possa continuar a consumir gasolina. Aliás, o arranque do motor é sempre feito a gasolina, passando automaticamente a GPL, pouco depois. É montado um botão no interior, que o condutor pode comutar entre as posições gasolina e GPL. Isto permite um imediato aumento da autonomia máxima, somando a autonomia do depósito a gasolina com a do depósito GPL.

A conversão de um automóvel para consumo de GPL só pode ser feita numa oficina autorizada para este trabalho específico. A lista completa dos instaladores oficiais de GPL pode ser consultada no site do IMTT ([url]http://www.imtt.pt[/url] ([url]http://www.imtt.pt[/url])), onde é continuamente atualizada. A operação inclui a montagem do depósito de GPL, de novos tubos de combustível, injetores específicos, cablagem elétrica, um comutador, um indicador de nível de GPL no depósito e válvulas de segurança, além de uma “centralina” própria.

É um processo complexo mas que os instaladores oficiais dominam há vários anos, sendo possível efetuá-lo num prazo de dois dias. O custo varia consoante o tipo de motor (quanto mais cilindros, mais caro, e não existem kits para motores com mais de oito cilindros), mas, para a esmagadora maioria dos casos (motor de quatro cilindros com injeção multiponto), custa cerca de 1500 euros, incluindo neste valor todos os componentes, mão-de-obra, a obrigatória inspeção extraordinária a que o veículo tem de ser submetido e a documentação.

O primeiro ponto contra é que se perde a garantia do fabricante do automóvel, pelo que só se aconselha a conversão para GPL em veículos que já tenham expirado o prazo de garantia.

Existem também kits de conversão para automóveis mais antigos, equipados ainda com injeção monoponto ou mesmo com carburador. São mais baratos, custam entre 800 e 1000 euros, mas não se deve ceder à tentação de poupar alguns euros e montar estes kits nos motores com injeção sequencial, pois iriam causar irregularidade de funcionamento e danos a médio prazo. No pólo oposto, existem também kits de conversão para motores modernos de injeção direta, mas os ganhos em consumo não são tão grandes, pois o motor precisa sempre de fazer ciclos de funcionamento a gasolina, para preservar os injetores. De qualquer modo, é preciso ter em atenção que qualquer tipo de kit de conversão para GPL pode necessitar de afinação, algumas centenas de quilómetros após a instalação.

Se a conversão a GPL for feita em automóveis com muitos quilómetros percorridos, é aconselhável verificar previamente o bom estado do sistema de ignição e arrefecimento, fazer um teste de compressão dos cilindros e mesmo mandar efetuar uma descarbonização do motor. Isto porque o GPL tende a “limpar” os cilindros de eventuais depósitos de carvão que lá tenham sido criados pela combustão da gasolina e que podem estar a esconder fugas. Se o carvão for limpo, voltam as fugas.

Para os modelos novos que já são vendidos pela Chevrolet e pela Fiat com sistema GPL integrado, os chamados “bi-fuel”, obviamente não é necessária qualquer conversão. Todas as alterações foram feitas de origem, na fábrica. A diferença de preço entre uma versão a gasolina e um “bi-fuel” não é tão óbvia de calcular porque entra em conta também o nível de equipamento, que, por razões de marketing, pode não ser o mesmo. Dois exemplos: na Fiat, um Panda 1.2 My Life GPL custa 12.800 euros, enquanto um Panda 1.2 Active custa 10.004 euros, mas o segundo tem bastante menos equipamento de série. Na Chevrolet, um Spark 1.0 L “bi-fuel” custa 10.980 euros enquanto o Spark 1.0 L custa 9990 euros, mas aqui a comparação é mais realista, pois ambos têm o mesmo equipamento de série.

As vantagens

O GPL promove uma combustão tendencialmente mais silenciosa do que a gasolina, tornando a utilização do motor ligeiramente mais suave. Por ser uma combustão mais completa, também evita a criação de depósitos de carvão nos cilindros, prolongando a vida útil do motor e diminuindo quer a contaminação quer a diluição do óleo, que passa a poder fazer mais quilómetros entre cada mudança.

Porém, a grande vantagem é mesmo a economia em combustível. Para ilustrar a vantagem do GPL face à gasolina, tomemos como exemplo um Fiat Punto 1.4 GPL com 77 cv. Quando funciona a gasolina, gasta 5,7 litros por cem quilómetros; quando funciona a GPL, gasta 7,0 l/100 km. Mas, como o litro de gasolina custa 1,60 euros e o de GPL custa metade, 0,80 euros, fazendo as contas, conclui-se o seguinte: cada 100 km feitos a gasolina custam 9,12 euros, enquanto a mesma distância feita a GPL custa 5,60 euros. Isto equivale a um custo de menos 40% a favor do GPL, que se aproxima do custo que se obtém numa versão com motor diesel.

Quanto à autonomia, como o Fiat Punto mantém o seu depósito de gasolina de 45 litros, adicionando um de GPL de 38 litros, se o condutor atestar os dois fica com uma autonomia total de 1332 km (789 mais 543 km).

No caso de um carro a gasolina usado, convertido com um kit GPL, cujo preço rondará os 1500 euros, considerando uma vantagem de gasto em GPL semelhante, podemos calcular a quilometragem a partir da qual o investimento no kit GPL começa a compensar. As contas dizem que, assim que se percorrerem 43.000 km com o automóvel convertido para GPL, o custo do kit fica “pago”. Ou seja, a partir dessa quilometragem, está efetivamente a poupar 40% em consumo, comparando com o motor a gasolina. Continuando a fazer contas, se o condutor percorrer 15.000 km por ano, atingirá os 43.000 km em menos de três anos. Ou seja, a partir dessa altura, começa, de facto, a poupar 40% com os custos de combustível.

As desvantagens

A conversão para GPL tem mais desvantagens no caso de um automóvel usado a que foi aplicado o kit, do que nos automóveis que já são vendidos novos com a possibilidade de consumir GPL ou gasolina. A primeira é a necessidade de investir na instalação do kit, como é óbvio. A perda de potência só acontece em motores a gasolina convertidos para GPL e só se nota a alto regime, com perdas a rondar os 5 cv. No caso de motores turbocomprimidos, pode até fazer-se subir a potência reprogramando o turbocompressor, aproveitando o facto de o GPL ter 100 octanas.

Depois, há a questão do depósito. Optando por um depósito cilíndrico de 100 litros, vai perder-se espaço na mala e também se prejudica a versatilidade do rebatimento do banco traseiro, caso exista. Nos automóveis vendidos de série com sistema “bi-fuel”, os depósitos usados são mais pequenos (entre 30 e 40 litros) e têm a forma toroidal (de um “donut”) para encaixarem no espaço habitualmente utilizado pela roda sobressalente. Não se perde nada em termos de espaço para bagagem, mas um furo só pode ser tratado com um kit anti-furo (sabendo-se que esta solução não remenda todos os furos) e a autonomia a GPL é menor.

Em termos de utilização, outra desvantagem é ser proibido estacionar em parques públicos fechados. Uma lei que subsiste em Portugal, apesar de já não existir uma razão técnica de segurança que o justifique. Espera-se a alteração da lei, como já aconteceu noutros países.

A rede de abastecimento GPL ainda não cobre o território todo, o que é um problema, sobretudo longe dos grandes centros. Finalmente, a obrigatoriedade de afixar um autocolante azul com as letras GPL na traseira do veículo é uma desvantagem, para quem não goste desta “decoração”.

E a segurança?

Sempre que há uma mudança de combustível, na indústria automóvel, levantam-se questões de segurança, na maioria dos casos sem grande justificação. Quando, no início do século XX, se passou do vapor para a gasolina, o público considerava um perigo um veículo circular com um depósito cheio de líquido altamente inflamável. Mais recentemente, quando se começou a falar de veículos elétricos, não faltaram as vozes que interrogavam sobre a possibilidade de os ocupantes serem eletrocutados, em caso de acidente.

Também o GPL levanta dúvidas, neste caso por ser um produto armazenado num depósito sob pressão. A verdade é que o depósito é feito em aço e é sujeito a testes de colisão, de incêndio e de pressão antes de ser homologado. Além disso, tem várias válvulas de segurança, que impedem as fugas de GPL. O depósito tem ainda um sistema que o impede de ser abastecido em mais do que 80% do seu volume, para existir sempre 20% de volume disponível, que funciona como câmara de expansão em caso de aumento de temperatura, quando o combustível passa de líquido a gasoso.

Em conclusão, pode dizer-se que a opção pelo gás de petróleo liquefeito deixou de ser uma curiosidade, de contornos um pouco artesanais, que solucionava o problema de consumos elevados em automóveis a gasolina com muitos anos de utilização. Hoje, é mais uma das alternativas disponíveis no mercado dos combustíveis, e terá um crescimento mais acelerado à medida que mais marcas proponham versões GPL ou “bi-fuel” nos seus catálogos de carros novos.

F.M.

Sete respostas úteis

O depósito de GPL é mais inseguro? Não. É feito em aço e teve de passar por vários testes de colisão e de incêndio, antes de ser homologado. Armazena o GPL a uma pressão de 7 bar, mas foi testado a 30 bar.

Há maior risco de explosão? Não. Só para dar um exemplo, o GPL é injetado no motor a uma pressão de 1 bar, enquanto a gasolina precisa de uma pressão três vezes superior.

O GPL faz descer a potência? Sim e não. Nas conversões feitas a posteriori, há uma ligeira descida de potência (cerca de 5 cv), mas que se sente só a altos regimes. Nos “bi-fuel” de série, não.

É proibido estacionar em parques fechados? Sim. Por enquanto, a lei portuguesa ainda proíbe os carros a GPL de estacionarem em parques públicos fechados. Mas espera-se que a lei mude, como aconteceu noutros países.

Quantos postos GPL há no país? Cerca de 290, mas o número está sempre a aumentar. A rede de auto-estradas está totalmente coberta com postos GPL.

É obrigatório afixar o autocolante? Sim. É obrigatório colocar um autocolante azul com as letras GPL a branco na traseira de qualquer veículo movido a GPL, novo ou convertido.

O depósito de GPL faz perder a capacidade da mala? Sim e não. Se for montado um depósito cilíndrico, sim. Mas se optar por um depósito em forma de “donut”, colocado no espaço da roda sobressalente, então não se perde nada.

SUPER 162 - Outubro 2011


Super interessante (http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=916:vale-a-pena-ou-nao-vale&catid=18:artigos&Itemid=98)

Mais um artigo com informação útil sobre o gpl
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: MRC em 03 de Julho de 2017, 23:36 pm
inicio do debate aqui - http://www.renaultpt.com/index.php?topic=21211.msg334857#msg334857 (http://www.renaultpt.com/index.php?topic=21211.msg334857#msg334857)
Não sei onde é que vão buscar essa teoria  de perder gás com o calor.
A válvula de segurança só abre quando a temperatura envolvente ronda os 800ºC, como é que num dia normal se prede gás se nem lá perto a temperatura chega?

Já viram os vídeos sobre a segurança dos depósitos de gpl com carros À arder? já viram ao fim de quanto tempo depois de o carro estar a arder, a válvula dispara pela primeira vez?

Os depósitos  são testados  a 10 vezes mais pressão a que funcionam normalmente.

Quanto muito, o que pode acontecer é o gás, o propano ou o butano, passar para o estado gasoso e com isso À medida que se consome o combustível, faça com que a pressão fique baixa e com isso ter uma autonomia menor,  ou gás no estado liquido ficar com uma percentagem que ao ser consumido tenha menor poder energético,  mas que ele não sai do deposito, lá isso não sai.

Tony o gás expande com o aumento de temperatura, ao passar de liquido a gasoso no interior do reservatório, resultando numa maior pressão. Logo falta de pressão como causa de menor autonomia não me parece. Até porque o propano faz mais pressão com a mesma temperatura face ao butano. Nestes dias, ponho 20€ e o manómetro não passa da reserva. Normal, porque o manómetro apenas lê a fase liquida do gás.

Ainda vou estudar melhor o comportamento destes sistemas, pois agora com o calor, a minha Audi anda a fazer médias de 12/13 litros aos 100km... Até chegarem os calores, 9/10 litros. Mesmos trajectos, mesmos andamentos. E o consumo de gasolina mantêm-se praticamente linear.


Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 04 de Julho de 2017, 00:00 am
Eu também já reparei nisso neste ultimo abastecimento, costumo por sempre acima dos 40L e a bomba só conseguiu por 30L lol
E no deposito está sempre gás no estado gasoso, é esse gás no estado gasoso que faz com que se mantenha a pressão dentro do deposito, com o calor esse gás pode estar mais expandido e por isso ocupa mais espaço impedindo a entrada de gás no estado liquido.
A concentração de butano/propano é que pode ser a responsável por esse efeito, se tiver mais propano, há mais gás expandido devido ao calor do que se tiver uma proporção menor de propano na mistura.
Não sei se me fiz entender lol mas que essa teoria do gás ser libertado só ocorre quando a pressão é muito elevada, não é com as pressões que se atinge num dia de calor.

Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 04 de Julho de 2017, 10:55 am
Boas

Eu concordo com tudo o que está está escrito sobre pressão, valvulas, etc e... também discordo.

Mas discordo unicamente (porque já li e vi em esquemas técnicos as valvulas, os valores e os comportamentos) baseado na aritmética e a aritmética ainda é o que de mais certo temos no mundo.

Se por um lado a valvula de segurança abre só a temperaturas de 800º, também é verdade aquilo que deposito quando atestado, registado e relacionado com o historial indica.

Aquilo que o MRC diz é verdade da mesma forma que o que diz o Tony da Buzina mas quase de certeza que o MRC vindo o tempo mais fresco as suas médias baixarão para os valores anteriores.

E no caso cá de casa, olho para o spritmonitor e o que vejo é que o consumo do carro aumentou na casa do 0,5l/100 desde maio.
Um caso particular: Tive um abastecimento registado com 8.06 l/100 atestado em 14/06, dia em que o carro era para ir ao algarve e acabou por não ir tendo ficado na garagem 10 dias, voltou a ser atestado após gastar o deposito a 30/06 onde demonstrou um consumo de 8,51 l/100 e com percursos iguais, tipos de condução iguais. Voltou-se a atestar ontem e dá 8,00 l/100.
Se estivesse a falar dum deposito de 60l, 700 a 800 kms de percurso, mais 0,5l menos 0,5l ainda seria como o outro mas não, estou a falar dum deposito que grosso modo de 330 em 330 kms tinha de ser atestado agora com uma media de 24 l de atesto antes de maio e 22 atualmente, de 280 em 280, e os 24 l de atesto até maio davam para perto de 330 kms/deposito quando os 22 atualmente dão para 280.
Agora se será evaporação, expansão, etc não o sei ao certo mas isto é aritmética; se fosse um caso de o depósito levar menos combustivel com o calor (que leva efetivamente) mas as contas do consumo médio darem o mesmo consumo, estaria tudo bem mas não dá o mesmo consumo e no caso isolado que descrevi ainda o consumo foi mais elevado; o que aconteceu nessa altura de diferente? esteve o carro parado 10 dias na garagem!

No caso do Rodrigopt até pode ser o factor calor versus menor combustivel no deposito a darem-lhe o aumento de consumo mas na minha opinião é um aumento muito grande. E se calhar (isto é dito sem rede) será até o problema que o meu deu quando teve de lá ficar a levar um update devido a um erro "de falta de ar" que lhe deu (nunca se sabe).

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: profiesta em 04 de Julho de 2017, 12:57 pm
Tony, acho que devias ler mais sobre os Kits de GPL. Eu até gosto de ler os teus post, mas em relação ao GPL perco a vontade. É os sistemas de lubrificação de válvulas que são tipo banha da cobra. É o tanque que só tem válvula que dispara a mais de 800 graus.

Acho que devias saber que ao teres o carro parado o dia todo ao sol, a válvula vai libertando o excesso de pressão. Mais o facto de no verão as bombas nem sempre terem pressão para encher o tanque devido à composição do GPL ser 98% propano, quando para o nosso país o ideal seria 80% butano e 20 propano.


Qualquer dúvida, contacta um instalador.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Farfalho em 04 de Julho de 2017, 13:44 pm
Coisas que estão erradas e devem ser corrigidas. No depósito de GPL o gás encontra-se em estado líquido, na sua maioria quando cheio até aos 80%. A parte superior estará em gasoso. Com o consumo a pressão desce e o gás não consegue forçar o líquido todo a sair.

Não esquecer que com o aumento de temperatura aumenta a pressão no depósito e  é algo que já está submetido a uma força de compressão.

Propano é pior que o Butano mas por ser mais barato carregam. Cada clima deve ter um rácio próprio, não acontece cá ao contrário de outros países.
Butano dá melhor rendimento, explosão e menor desgaste nos vedantes.

Para os consumos usa-se regral geral o coeficiente de cagaço, 30%. De longe ser conservador e ajuda a ter melhor percepção devido ao nosso gpl.

Sent from my ASUS_T00J using Tapatalk

Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 04 de Julho de 2017, 14:44 pm
Profiesta, o que o instalador me disse é que não sai gás do deposito quer o carro esteja parado ou a andar, exepto em caso de pressão a mais, que normalmente só ocorre em situação de incêndio.

As garrafas de gás tem capacidade para uma pressão máxima de 30 bares e não têm válvula de segurança.
O deposito de gpl suporta igualmente uma pressão máxima de 30 bares.
As garrafas de gás estão expostas directamente ao sol, atingindo temperaturas altíssimas e não fazem efeito pipoca com o calor.
O deposito de gpl só está exposto  à temperatura residual  do ambiente envolvente, por isso não chega À temperatura nem perto nem de longe que possa causar um excesso de pressão dentro do deposito.

O que pode acontecer, é que a quantidade de gás que fica no estado gasoso, acaba por empobrecer o gás que está no estado liquido, e acabe por ser necessário consumir mais combustivel para obter o mesmo valor energético, fazendo assim aumentar a média de consumo.

Profiesta essa teoria é muito bonita, mas explica lá como é que o meu carro faz medias maiores , mas o carro passa o tempo todo em garagem durante o dia e eu ando maioritariamente à noite ou ao fim da tarde em que as temperaturas são mais baixas, e durante o dia em que o carro está parado, na ausência de sol, a temperatura ambiente a rondar os 20ºC. Perde gás na mesma ??? E como sabes o gás tem um marcador (cheiro), segundo a tua teoria seria normal num carro com gpl e ao sol que cheire a gás, mas sabes bem que isso não acontece.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 04 de Julho de 2017, 15:23 pm
Boas

@profiesta.
Concordo inteiramente, se bem que fale só através da experiência que tive em tempos por trabalhar com oxigénio liquido mas como e sobre outros assuntos já entrei "em rota de colisão" com o Tony da Buzina, optei por calar a minha convicção; afinal independentemente do que aqui escrevamos podemos continuar a possui-la (a nossa convicção) e não fazer voz dela mas sem dúvida alguma que se coloco "x" litros de gás em liquido que estará comprimido (desconheço a taxa ao certo mas já li qualquer coisa tipo 1L GPL gasoso=2,x Kg enquanto que liquido =0,5x Kg), este ao "gaseificar-se" aumentará o seu volume e aí não se trata de temperatura e trata-se de pressão, logo os 800º ou "whatever" eclipsam-se enquanto argumento nesta situação

Por curiosidade e se bem me lembro 1L de oxigénio liquido dava 860L de oxigénio gasoso/respirável, claro que este rácio será diferente no GPL.

Poder-se-à falar em odor mas o odor se o gás libertado de forma muito lenta e passível de se "diluir" no ambiente pode acontecer nem dele nos darmos conta. Na minha opinião é esta pressão libertada, e que o é muito lentamente, agora no tempo quente que aumenta o consumo do motor, só assim dá para compreender de forma mais ou menos leiga a diferença do consumo que basicamente se traduz em mais litros de combustível para menos kilometros percorridos; ora isto acontece (mais combustivel e menos kms), para onde foi o combustível que daria para fazer o mesmo nº de kilometros? Faltará aqui (falo por mim) a real comprovação disto ao, quando regressando o tempo mais fresco os consumos voltarem a baixar.

Também li algures (não consigo precisar) essa dita relação de 98% propano mas na altura pensei tal ser devido basicamente à diferença de comportamento do propano versus o butano; admito que tem bastante lógica e sentido no nosso País essa composição dever ter uma diferente relação. Por outro lado a Galp como produz GPL não só para consumo interno deve cumprir uma relação que mais lhe convenha, tanto a nível da sua base negocial como também cá para o nosso clima (afinal a Galp existe para dar lucro e esta composição certamente lhes dará lucro que se tal não acontecesse alteravam-na; confesso-me um pouco/bastante céptico relativamente à/s gasolineira/s) e a gasolineira tem é de obedecer às tais 89 octanas minimas no caso do GPL.

Da mesma forma, e isto serve para reconhecer @ Farfalho a minha concordância e também relacionando-a com aquilo que escreveu o @profiesta sobre o que escreveu e como escreveu via suporte móvel mais não se deve ter expandido na sua opinião, sobre os 80% e os 20% destinados a pressão no depósito permanentemente dedicados.

Deixo um link que de manhã não deixei mas deixo-o agora onde se pode ler na página 3 uma secção dedicada a uma "multiválvula" onde é indicado especificamente os 80%, a pressão interna do deposito e o abastecimento e segundo indicado é esta válvula a responsável pela indicação do nível de combustível no deposito GPL.
http://www.autofonseca.com/gpl.pdf (http://www.autofonseca.com/gpl.pdf)

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 04 de Julho de 2017, 16:24 pm
A válvula de descarga está projetada para disparar aos 27 bar +/- 1 bar
Entre a pressão a que o gás está no deposito quando enchemos (+/- 15 bar É o que tenho visto no manómetro que a bomba tem) até aos 27 bar, ainda vai muita pressão.... para mais quando depois andamos com o carro e gasta-se algum gás, mas mesmo assim com o deposito cheio, é pouco provável que o calor residual que o deposito está sujeito a pressão interna atinja os 27 bar

Cultivem-se  ;)  :laugh: E eu não invento, baseio-me naquilo que leio e no que me transmitem, se as fontes estão erradas ou não, não sei.

http://www.mastergas.pt/seguranca-gpl.aspx (http://www.mastergas.pt/seguranca-gpl.aspx)

http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:072:0001:0112:PT:PDF (http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:072:0001:0112:PT:PDF)

Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: profiesta em 04 de Julho de 2017, 18:56 pm
Olha estou de férias... não tenho net fixa e não me apetece prolongar mais isto.

Toni é como quiseres, falas que os outros devem-se cultivar, na minha opinião acho que aqui todos temos telhados de vidro. Portanto não queiras entrar por aí...
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: MRC em 04 de Julho de 2017, 20:51 pm
Continuo a dizer que o problema disto tudo é mesmo do GPL tuga ser propano, por causa do nosso clima.

Consumo doméstico - Propano (e até é mais caro que o butano)

GPL, até podia ser só butano... Mas para a "Petrogolpe" é lhe mais rentável o volátil propano...
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 05 de Julho de 2017, 00:55 am
Profiesta, eu quando disse cultivem-se não era no sentido de ofender ninguém, nem nada do género, mas sim para verem informação sobre o assunto que coloquei.

Pela internet fora, lê-se muitos mitos quase como certezas absolutas, mas depois fundamentação para tal não existe.

Todos nós já sabemos que és entendido em gpl, no entanto quando tenho duvidas, coloco-as a um individuo, que até tem certificado de instalador, recebe formações sobre gpl em itália, monta e faz manutenção de kits gpl todos os dias, e o que ele me tem dito, contraria algumas coisas que tens dito. Tal como o caso do sistema de lubrificação de válvulas, nas válvulas dos depósitos que só libertam gás com pressão elevada (em caso de acidente com deformação do deposito, ou incêndio), etc.
Será que é ele que está errado? não, sei. A informação que tenho encontrado acaba por ir no sentido daquilo que me têm dito.
Eu quando dou a minha opinião tento sempre apresentar argumentos que o comprovem.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 05 de Julho de 2017, 12:05 pm
Boas

Eu não pretendo dizer que alguém está errado.

Só gostava de saber ao certo então, uma vez que não é "disto" nem é "daquilo" porque é que o consumo aumentou.

E, claro que não posso dizer de certeza, mas tenho a forte convicção que regressando o tempo mais fresco esta diferença de consumo diminuirá. E porque é que digo isto? Baseado em quê? Precisamente na experiência que possuo de ter tido o carro 10 dias parado e o consumo ter aumentado em meio litro comparando com o abastecimento anterior e o posterior à paragem. E na diferença que apareceu a partir de maio até esta data.

Agora se são 27 bar, se normalmente lá tenho 15 ou qualquer outra coisa, sobre isso nada escrevo mas escrevo isto, o GPL sai frio do depósito na bomba (daqui até o perigo de queimadura, certo?) e é metido em pressão num depósito fechado e se o carro fica ali parado num ambiente quente, também ele aquecerá e se não havendo gasto dele e há expansão, de alguma forma terá o depósito de escoar a pressão a mais criada lá dentro, isto até nos depósitos a gasolina/gasóleo acontece, até por motivo inverso, eu tinha um C3 que o depósito encolheu porque a válvula de depressão avariou (encolheu mesmo, teve de ser reenformado para não ser um novo) e o contrário também acontece, também tive um rover 214 que se ouvia perfeitamente o deposito a "bufar-se" quando estava muito tempo ao sol; certamente que no caso do GPL algo similar acontecerá.

Mesmo este link: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:072:0001:0112:PT:PDF (http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:072:0001:0112:PT:PDF)
No seu ponto 2.5.6 que remete entre outros ao ponto 2.5.3, este algo diz sobre isto, não fala em pressão no abastecimento e no 3.5.3.1 estabelece uma diferença entre a válvula dos 800º e a situação da pressão (pelo menos é isto que eu leio  e entendo)

Falou-se nas bilhas de gás ao sol e elas não fazem pipoca; o que é verdade. Não sei se terá alguma função para esta situação ou se eventualmente será para a pressão mas as bilhas de gás têm óleo no fundo, será que isot no caso das bilhas tem alguma função a isto???

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 05 de Julho de 2017, 14:36 pm
O que eu já reparei é que depois de andarmos com o carro o deposito fica mais frio devido à passagem de gás do estado liquido para o gasoso. O que também é certo, se aumentar a pressão dentro do deposito, parte do gás no estado gasoso passa para o estado liquido. Que o calor também faz com que o gás fique mais expandido, é certo e que depois não haja um  equilíbrio, e por isso a necessidade da válvula de segurança, tudo bem.
Também é certo que com a temperatura alta a quantidade de gás num litro é menor que com temperaturas mais baixas, e ai pode explicar o aumento do consumo.
Como o me carro já está perto da próxima revisão de gpl , quando lá for, vou ver se tiro essa questão a limpo, para se tirar todas as duvidas.

Já agora deixo aqui também o estudo que demonstra que a oerigosidade de um carro a gpl num parque subterrâneo é igual a de um a gasolina, ou mesmo inferior - http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a5355786c5a793944543030764e6b4e465431417652315246566b6451544642444c305276593356745a57353062334e4259335270646d6c6b5957526c5132397461584e7a59573876596a59305a6a6b785a4459744d545a6a59533030595441314c57466d4e6a41744f5745304f446c684d7a41334d3251794c6e426b5a673d3d&fich=b64f91d6-16ca-4a05-af60-9a489a3073d2.pdf&Inline=true (http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a5355786c5a793944543030764e6b4e465431417652315246566b6451544642444c305276593356745a57353062334e4259335270646d6c6b5957526c5132397461584e7a59573876596a59305a6a6b785a4459744d545a6a59533030595441314c57466d4e6a41744f5745304f446c684d7a41334d3251794c6e426b5a673d3d&fich=b64f91d6-16ca-4a05-af60-9a489a3073d2.pdf&Inline=true)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 05 de Julho de 2017, 16:39 pm
@ Tony da BUzina
Boas
Bom link, bastante explícito mas se reparares na página 9 do lado direito está lá considerado que o aumento de temperatura/pressão é "Evitado pelo dispositivo mecânico contra sobrepressão que previne o colapso do reservatório evacuando o GPL a uma temperatura e pressão pré-definidas.
Existindo evacuação de pressão, no caso dela existir, à pressão que exista, é combustível perdido e que não contribui para distância percorrida.
No fundo se pensarmos faz todo o sentido, o sistema de sobrepressão tem de existir, faz sentido e nem é preciso "perceber assim do assunto" para se compreender que é necessário, que existe e não pode trabalhar a valores assim extremos.

O que falas sobre: "O que eu já reparei é que depois de andarmos com o carro o deposito fica mais frio devido à passagem de gás do estado liquido para o gasoso"
Não sei se será da passagem do estado liquido ao gasoso se somente por como existe consumo de gás, a pressão no deposito diminui e por aí exista um abaixamento de temperatura, a pressão aumenta a temperatura dos objectos a ela sujeitos.

Já sobre o que dizes "O que também é certo, se aumentar a pressão dentro do deposito, parte do gás no estado gasoso passa para o estado liquido" ou não te estás a explicar bem ou então?
Para mim há menos pressão com o gás em estado liquido do que em gasoso, por ele passar a gasoso é que há expansão, afinal e como escrevi há uns comentários atrás são 2,x kg em gasoso contra 0,5x kg em liquido.

A quantidade de gás no tempo quente em 1 litro é igual em tempo frio, haverá é mais expansão devido à temperatura e pelos sistemas de controle de pressão nos depósitos há mais gás expelido, logo perdido, para a atmosfera e que não é utilizado para percorrer distâncias e daqui, concordo inteiramente, o aumento de consumo de combustível que não é pelo motor mas sim pelo sistema, acho eu.
Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Farfalho em 05 de Julho de 2017, 17:09 pm
Acho que se devia mover o debate para o tópico apropriado limpando parte neste DB.

Sent from my ASUS_T00J using Tapatalk

Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 05 de Julho de 2017, 21:27 pm
Jotaaga é quase isso  :smiley:

Que todos os kits de gpl têm uma válvula de segurança que liberta gás quando a pressão aumenta já todos sabemos, mas em que condições de temperatura ou pressão é que ninguém explicou. como nenhum de nós é especialista em gpl, temos que nos recorrer da documentação que existe sobre o assunto, e o que eu disse foi o que lá estava escrito.  Uma coisa é mitologia outra coisa são factos. Se alguém tem conhecimento dos valores concretos do funcionamento da válvula que os mostre em vez de falar baseado nos mitos.

Como sabes o gás a passar do estado liquido para o gasoso faz frio, por isso o deposito arrefece ficando mais frio que o próprio carro, o que vai fazer com que demore mais tempo a aquecer. A zona exposta ao sol fica sempre mais quente que as zonas não expostas como o caso do deposito. Num dia de calor a que temperatura fica o deposito? Sabes?  Eu não sei, mas não acredito que atinja temperaturas tão altas assim que possa causar um excesso de pressão dentro do deposito.

Em relação ao volume, todos sabemos que maior parte dos corpos dilatam com o calor, por exemplo a manga termoretratil com o calor encolhe  :laugh: assim um litro de gás a 10ºC tem mais gás que um litro a 40ºC porque com o calor o gás ocupa mais espaço e por isso é menos gás a ocupar o mesmo volume.
Para termos o gás no estado liquido é necessário uma de duas condições, ou temperaturas inferiores a -40ºC ou 7 bar de pressão.
Teoricamente o gás que está dentro do deposito ao aumentar de pressão parte dele irá passar para o estado liquido acima dos 7 bar. No entanto é o gás que está no estado gasoso dentro do deposito que faz com que se consiga manter a pressão correcta para o gás se manter no estado liquido, por isso a necessidade de abastecer até aos 80% da capacidade do deposito.
Alguém uma vez disse que não se podia encher o deposito até À bomba parar, o que não faz mal nenhum pois como foi explicado na documentação colocada anteriormente a multivalvula não permite o enchimento acima dos 80% da capacidade do deposito.
à uns tempos atrás li um estudo sobre cisternas para armazenamento e transporte de gás onde explicava a necessidade e a existência de gás no estado gasoso dentro do deposito. 

Um deposito que esteja mais cheio chega mais depressa À pressão máxima que um que esteja mais vazio.
Mesmo assim, duvido que um deposito que esteja a 30ºC ou a 40ºC atinja a pressão máxima, e mesmo assim fico com muitas duvidas que num carro o deposito numa situação de dia quente atinja tais temperaturas.
Como disse só com dados concretos é que fico convencido.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 06 de Julho de 2017, 00:42 am
Já agora....
http://www.borel.fr/faisabilites/vehicules-realisables-gpl.php?marque=25 (http://www.borel.fr/faisabilites/vehicules-realisables-gpl.php?marque=25)
Pode-se mudar a marca do construtor do veiculo e ver as compatibilidades dos motores de cada construtor em relação ao gpl e se é recomendada ou não a adição de aditivo.
Só não sei se esta pagina é referente também as centralinas que injectam gasolina periodicamente, o que faz excluir a necessidade de usar aditivos, conforme foi explicado pelo instalador.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 06 de Julho de 2017, 14:31 pm
Boas
@ Tony da Buzina

Já trabalhei há uns anos atrás e durante anos com oxigénio liquido, azoto liquido, com equipamentos de medida de vapor/alcool e materiais explosivos em que a função desses materiais é precisamente aproveitar a cinética da transformação do material de sólido a gasoso, ou seja, a sua expansão ou sublimação como lhe quiseres chamar; quero eu com isto dizer que muito do que direi será dessa experiência de vida que apesar de generalizada a física dos materiais se mantem, julgo eu!

No teu 1º parágrafo falas que todos sabemos da válvula, em dados concretos, mitos e em mitologia.

Eu não vejo aqui nem nenhum mito nem nenhuma mitologia, vejo sim, basicamente senso comum, física, térmica, comportamento físico de materiais; a ideia que eu tenho é que um liquido quando aquece vaporiza-se, ou seja, torna-se de liquido a gasoso, essa de o gás liquido arrefecer ao se transformar em gasoso, deixa-me um pouco duvidoso que assim seja.

Da minha experiência 1 L de oxigénio liquido que cabe num determinado espaço dá um valor próximo dos 860 L gasoso e esses 860L gasoso não cabem de forma alguma no espaço onde estava armazenado o 1L dele liquido e o litro de oxigénio gasoso até gelo forma nas tubagens, o gasoso não forma tal. Num exemplo bem mais simples o próprio funcionamento do intercooler nos motores a gasóleo em que serve para “arrefecer” o aquecimento provocado ao ar admitido pelo turbo, para que arrefecendo-o aumente a quantidade de ar no cilindro é um exemplo de que um gas não arrefece dilatando-se e uma vaporização, gaseficação é uma dilatação basicamente.

Da mesma forma que falas em 1L de gás a 10 graus e 1 litro a 40 graus; epá 1 litro é 1 litro, acho que estás a analisar mal a coisa ou então a equacioná-la mal. Acho que o que podes dizer é que 1 litro de gás a 10 graus dá “x” litros dele gasoso e com ele em gasoso consegues aproveitar “y” de energia dele e a 40 graus o 1 litro dá os mesmos em gasoso mas como (no caso em que estamos a falar de GPL num deposito) devido à temperatura há mais “evaporação” para fora do depósito não consegues aproveitar “y” e sim só “z”.

O caso da manga termoretrátil não é um exemplo, quando muito e da forma como escreveste é a demonstração duma exceção que confirma uma regra; as mangas termoretrácteis são fabricadas a determinada temperatura com determinada medida, é forçada a expansão a quente e em seguida, no molde de expansão a que foi sujeita, arrefecida de forma rápida, reaquecendo-a volta a adoptar a sua forma inicial (encolhe), ou seja, a medida com que foi fabricada, julgo que se chame a isto estado plástico dos materiais, e pessoalmente a este tipo de mangas até já as estiquei mais do que a forma com que vêm e depois voltá-las a “encolher”.

Dizeres como dizes que é o gás que está no estado gasoso dentro do deposito que faz com que se consiga manter a pressão correcta para o gás se manter no estado liquido não digo que não mas…! Concordo mais com a impossibilidade do gás em estado liquido, devido à pressão que existe dentro do depósito, não se conseguir vaporizar e isto vai dar aquilo que se tem vindo a dizer; atravessa-se um limiar de pressão, alguma pressão é escoada para a atmosfera, há vaporização de algum gás em estado liquido, volta a existir escoamento de pressão pela ultrapassagem do limiar de pressão e assim continuamente e assim existir desperdício de combustível no deposito que é “deitado à rua” e aumenta os consumos dos nossos carros quando fazemos as contas dos kms percorridos versus os litros abastecidos.

Por acaso, falando eu com a minha mulher sobre isto, porque normalmente não abasteço o carro, relatou-me que agora quando acaba de abastecer, já com a pistola retirada do bocal de enchimento ouve vários pff pfff pfff. Ontem fui com ela abastecer e verifiquei eu “in loco” que efetivamente isto acontece e isto só pode ser, nada mais pode ser que gás a ser escoado do depósito por uma válvula (seja ela qual for) e este gas, eu não o usei para percorrer distância mas vai entrar, seja ele quanto for, nas contas do consumo do carro.

A mim não me espanta em nada com este tempo, até pela minha experiência noutros gases que o depósito atinga a temperatura máxima (como lhe queres chamar) ou devido à temperatura, o liquido que está lá dentro, através de vaporização vir a criar uma pressão que chega ao ponto de fazer funcionar uma válvula no sentido que temos estado a “discutir”.

Falas em 30 a 40 graus; cuidado, podes estar um pouco desviado da realidade da temperatura dentro dos carros no verão; talvez seja bom veres isto: https://www.youtube.com/watch?v=_n1VXKroB3Q (https://www.youtube.com/watch?v=_n1VXKroB3Q)

Um bom exercício talvez seja relacionares a temperatura envolvente que enuncias face aos -40 graus que indicas no interior do depósito; o que é que achas que acontece a um deposito com gás em que este está a -40 graus (desconheço se é isto, estou a utilizar o que dizes) envolvido por uma temperatura 60 graus superior (só 20 graus temp ambiente)? Eu não preciso de nenhum dado técnico, concreto ou qualquer outro para afirmar (sem rede é verdade) que o liquido dentro do depósito que sei arrefecido e sei comprimido vai querer expandir, expandindo até ao limite que o deposito aguenta tem de ter uma válvula de escape que se acione por estar o deposito sujeito à sua pressão máxima (ainda que pré estabelecida determinada pressão).

Quanto aos dados concretos que reclamas, estás no teu direito mas também te digo que os relatos (que são aritméticos nem sequer são matemáticos, são pura aritmética) que demonstram aumento do consumo de combustível, no caso do GPL com o tempo mais quente e relatos, neste caso o meu que és livre de duvidar com o carro imobilizado, do carro imobilizado em garagem mas também em tempo quente demonstrar como me demonstrou aumento de combustível, na minha opinião, lendo eu isto e até tendo a opção de corroborar isto (julgo que a possuas tens 1 carro a gás, nada como fazeres contas e veres, acho eu) parece-me ser um dado concreto porque da mesma maneira que reclamas “dado concreto” para aceitares que existe gas desperdiçado pelo tempo quente escoado por excesso de pressão também da minha parte pode haver a reclamação do dado concreto que demonstre o aumento de combustível não ser por isto.

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 06 de Julho de 2017, 16:09 pm
Jotaaga, tens razão na tua explicação, mas não percebeste na interpretação.

Ora como disseste no caso do intercooler, que tem a função de arrefecer o ar, irá fazer com que a volumetria do motor receba mais ar do que a quantidade de ar À temperatura ambiente, ou seja, quanto mais frio estiver o ar, mais entra para dentro do motor.
Sendo assim, num motor 1500 cc de cilindrada, (1,5l) entra À temperatura ambiente uma determinada quantidade de ar, ao ser arrefecido , no mesmo volume (1,5l) irá entrar mais ar porque ocupa menos espaço. Se tivessemos a possibilidade de pesar o ar que entra nas duas situações, o peso seria maior com o ar arrefecido. Como eu tinha dito, o inverso também se aplica da mesma forma. Percebeste agora quando eu disse que há menos gás num litro a 40ºC?

Em relação À temperatura, uma coisa é a temperatura do ar e outra coisa é a temperatura dos materiais em contacto com esse ar, há sempre diferenças. Para alem do mais o deposito está sempre protegido por outros objectos que reduzem a transferência de calor, como por exemplo o tapete, etc. No vídeo os objectos estão expostos ao sol diretamente, no caso do deposito não está.
Um bom exemplo que podes verificar num destes dias mais quentes, é verificares se a temperatura da chapa por baixo do carro está assim tão quente em relação ao resto do carro, ou até mesmo a temperatura do deposito de gpl.

Neste caso o gpl a 7 bares está no estado liquido À temperatura ambiente, ao passar para o estado gasoso faz frio, por isso o risco de queimadura no enchimento. Dentro do deposito, quando ocorre este fenómeno o deposito também arrefece.

É simples de perceber, se o gás no estado gasoso é responsável por manter a pressão dentro do deposito > 7 bar, o gás mantém-se liquido. Ao sair gás durante o consumo fica mais espaço dentro do deposito e a pressão baixa, nessa altura parte do gás liquido evapora e ocupa o volume que saiu voltando a equilibrar o deposito.
Quando ocorre o contrario, em teoria parte do gás volta ao estado liquido.

Esse barulho que ouves é o gás que fica entre o bocal e a válvula de enchimento ou a fuga de algum gás pela válvula de enchimento, por vezes até se consegue ver o gás no estado liquido a evaporar, faz o mesmo efeito que colocar agua em cima de uma chapa muito quente, vê-se a bolhinha a saltitar até desaparecer.
Já aconteceu pelo menos uma vez, ver sair uma bolha de gás através da valvula de enchimento já depois de retirar o adaptador.
No teu caso o adaptador já faz parte do bocal de enchimento e não precisas de o retirar. esse barulho que ouviste pode ser esse fenómeno, do gás que ainda está no adaptador a evaporar.

O que era realmente interessante era saber a que valores quer de temperatura quer de pressão a que ocorre a abertura da válvula, com isso desmistificava-se o mito, ou é verdade ou não é, e é isso que é importante saber.
Pois no caso de não haver perdas de gás quando o carro está parado, terá que se perceber o que causa o aumento do consumo no verão.
É mesmo para se ter certezas absolutas e não justificar com coisas que realmente não acontecem.
 
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 07 de Julho de 2017, 10:57 am
Boas
@ Tony da Buzina

No global concordo contigo, mantenho a minha ideia sobre a temperatura do carro porque e naquilo que tenho afirmado pela minha experiência nem é bem a exposição ao sol e sim a exposição num local fechado à temperatura envolvente desse espaço (a garagem); claro que reconheço que  a temperatura será inferior no chassis relativamente ao tejadilho no caso da exposição direta ao sol mas isso é tão só outra condição da fisica o mais calor está sempre mais acima do menos calor, isto é convecção, por exemplo a utilizar-se o AC para fazer frio e arrefecer determinado espaço deve-se apontar para cima e para o calor apontar para baixo a fim de se utilizar o efeito convector da atmosfera.

Continuo "desconfortável" com a tua afirmação de 1 litro de gás a 10 graus ser mais gás que a 40 graus. Para mim 1 litro é 1 litro e se 1 litro dá 20 litros de gás (valor imaginário) a 10 graus, da-los-á aos mesmos a 40 graus, agora;

-Se devido a dispositivos de controle de pressão ou outros no local onde é armazenado;
-Devido à temperatura o gás em liquido sofrer evaporizações e por tal quando tornado gasoso, na utilização dele virmos a ter menos litros dele gasoso para utilização;
-Isto completamente de acordo, aliás; acaba por ir de encontro aquilo que tenho aqui dito e parece-me que no fundo ao afirmares o que afirmas acabas por estar a enunciar este fenómeno; julgo que até tu estás a servir-te do tal senso comum que eu indiquei para afirmares o que afirmas;

Penso é que estarás a utilizar uma forma de o transmitir que não será muito correta, mas isto é só a minha opinião mais nada e como já eu te disse noutros assuntos e temas, nós aqui escrevemos, nem temos a capacidade interpretativa de ler nem a de escrever de forma a que quem lê entenda perfeitamente aquilo que queremos transmitir ao invés de quando interagimos pessoalmente.

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 08 de Julho de 2017, 01:38 am
jotaaga, tu ao teres usado o exemplo do intercooler acabaste por dizer exactamente o que eu tinha dito,mas no entanto não consegues perceber o inverso da tua afirmação.

Eu volto a explicar com um outro exemplo mais fácil de perceber  o efeito do calor e a menos quantidade de gás.

Se pegares numa garrafa de plástico vazia de liquido, ela estará cheia de ar, ou seja de gás. Se fechares a garrafa à temperatura ambiente, imaginemos 10ºC, tu tens 1,5L de ar dentro da garrafa.

Se aumentares a temperatura ambiente para os 40ºC, a garrafa vai inchar, porque o ar que lá estava dentro aumentou de volume, mas continua a estar a mesma quantidade de ar que estava quando fechaste a garrafa a 10ºC.
Se abrires a garrafa, a garrafa volta ao seu tamanho inicial, e saiu parte do ar que lá estava dentro. Se voltares a fechar a garrafa, voltas ao inicio do exercício, voltas a ter um volume  1,5L  mas a quantidade de ar é menor que a quantidade de ar que tinhas a 10ºC.
Se voltares a pegar na garrafa que foi fechada com a temperatura ambiente a 40ºC, e voltares a arrefecer a garrafa , ela vai encolher. Isto é o que acontece quando usas o exemplo que deste do intercooler, ao arrefecer o ar colocas mais ar dentro do mesmo volume do que À temperatura ambiente.
Ao aquecer o ar é o efeito inverso, menos ar no mesmo volume que a temperatura ambiente.

Percebeste agora que disseste o mesmo que eu, mas na forma inversa?
É que depois contrarias-te, sabes a teoria quando o gás arrefece e depois não acreditas na mesma teoria quando o gás aquece looool  :wink:

Usando os dados que foram dados nos vídeos sobre incêndios, falam lá na válvula de segurança disparar quando a temperatura ambiente ronda os 800ºC, e volto a frisar, esta afirmação não é minha, é dos autores do site, e com os valores indicados na regulamentação europeia sobre a pressão a que a válvula deve abrir , 27 bares. percebe-se perfeitamente que abaixo desses valores não À razões para haver libertação de gás. Resta saber é se num dia de calor, as condições a que o deposito está sujeito são ou não suficientes para tal acontecer.

Em caso de colisão percebe-se perfeitamente que há condições para a válvula disparar , o facto do volume do deposito vir a ser reduzido devido ao impacto é suficiente para momentaneamente elevar a pressão dentro do deposito.
Um bom exemplo disso é ver o que acontece com um balão que está cheio de ar, se batermos as palmas no balão com força, pode-se criar pressão dentro do balão suficiente para ele arrebentar, sem no entanto alterarmos a quantidade de ar que lá estava dentro.

No caso da temperatura  é parecido, no entanto sabemos que o gás a uma determinada pressão passa do estado gasoso para o estado liquido. Por isso até uma determinada altura esta reacção física mantém-se em equilíbrio e a pressão estável. Só quando recebe energia suficiente para desequilibrar esta reacção física é que a pressão aumenta e não se consegue de forma natural encontrar o equilíbrio.
Neste caso essa energia é o calor.
Quanto calor é necessário dar ao deposito para que haja o desequilíbrio? 
Qual é a temperatura do deposito de gpl num dia de calor? e num dia normal? e num dia de frio? Será que há assim uma grande amplitude térmica ou nem por isso?

Será que o facto do consumo ser mais elevado no verão em vez de se dever a perdas de gás pela válvula de segurança, não se deve ao facto do gás estar mais quente, e por isso é injectado menos quantidade de gás ( em relação aos dias em que está mais frio), por isso misturas mais pobres, que resulta em menos potencia, que resulta na necessidade de mais aceleração, e por consequência mais consumo?

Já agora jotaaga, gostaria de pedir a tua opinião para o seguinte, e se andares atento também vais notar.
Nota-se mais vezes de inverno que no verão. Como já deves ter lido por aqui, eu faço muitas viagens entre ponte de sor e alenquer, como sabes no interior do alentejo de inverno faz frio a serio, só que não neva.
Por isso durante a viagem o consumo de gpl ronda os 10L ou mais, o que faz com que se veja as luzes do nível do deposito a baixarem, umas vezes 1 luz outras vezes 2, depende. Quando já só tem 1 luz verde, então nota-se ainda mais.
Se no inicio da viagem só tenho uma luz verde, a 1/4 da viagem  acende a luz da reserva, e vou os outros 3/4 com ela acesa. Quando chego a ponte de sor estaciono dentro do armazém lá do monte , que é um sitio plano, e a reserva mantém-se acesa. O carro fica parado a semana toda, e quando vou sair na sexta feira, já tenho uma bola verde acesa, e o gás que tenho no deposito chega para fazer a viagem para casa.
É verdade que o nível do deposito de gpl não é muito de fiar, mas de inverno chego a fazer praticamente 700km com um deposito de gpl e de verão 680 mais coisa menos coisa.
Uma coisa é certa, ninguém me vai por gás dentro do deposito para que o nível suba uma bola e continua a ter gás suficiente para fazer mais uma viagem de 140 km ;)

Eu vou ver se consigo fazer um ensaio que ajude a perceber esta situação da temperatura e depois vou colocar aqui os resultados.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: aacc em 08 de Julho de 2017, 18:52 pm
Se me permitem a intrusão nesta conversa de sábios ( sem ironia )

Porque raio é que eu quando ando um dia a GPL, fico com o carro a falhar durante semanas, mesmo a andar a gasolina.

Obrigado e um abraço.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 08 de Julho de 2017, 20:12 pm
Se o carro anda bem a gasolina, depois andas um dia a gpl e depois mesmo a andar a gasolina falha, a mim pare-se me que tens ai um problema a nível de estanquidade, que o carvão produzido com o uso da gasolina tapa a fuga e depois ao usar gpl destapas a fuga, e causa as falhas, só recuperando ao fim de andares uns dias a gasolina. É uma teoria que só pode ser comprovada ao fim de fazeres alguns testes.
Este tópico não será o mais indicado para colocar estas duvidas de mecânica, há outra secção mais apropriada, mais propriamente a área técnica do motor.
A primeira coisa a fazeres é verificar as velas e bobines, depois verificar a compressão do motor na altura que não há falhas, depois andas a gpl  até aparecer as falhas e voltas a fazer novo teste de compressão a ver se há diferenças.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 09 de Julho de 2017, 02:10 am

Citação de: https://landirenzo.com/en/questions-answers-vehicle-gas-systems
Are LPG tanks safe?
LPG tanks have always been designed and constructed taking into account the chemical-physical characteristics of the fuel. LPG tanks are built using 3.5mm steel sheets, heat-treated to avoid cracking in case of deformation (caused for example by an accident). The standards governing the construction of the various components are very severe. The tests and trials for tanks and pipes are performed at a pressure of 45 bar, although normally the operating pressure in vehicles never exceeds 20 bar.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: MRC em 09 de Julho de 2017, 15:20 pm
É mais seguro que a gasolina... E não é mais que o gasóleo dadas as condições necessárias para a inflamação deste.
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 09 de Julho de 2017, 19:40 pm
Sim mrc, vi uns estudos que falam na comparação entre o gasóleo , gasolina e diesel, nalguns favorece o gpl noutros o diesel mas continua a ser sempre a melhor opção.

http://www.apetro.pt/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=17&Itemid=131 (http://www.apetro.pt/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=17&Itemid=131)
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: jotaagá em 10 de Julho de 2017, 15:01 pm
@ Tony da Buzina.

Boas, começo por me desculpar mas durante o fds não vim aqui ao fórum.

Vamos lá então começar a ver se aprendemos algo, tu, eu e todos os outros que aqui se dignem de nos ajudar.

Como disseste eu falei no intercooler e afirmas que não consigo entender o inverso; ok!
Mas no intercooler temos uma situação em que um determinado volume de “gás” em gasoso é arrefecido por forma a que nesse estado e num determinado espaço físico se consiga lá colocar um maior volume; já no deposito de GPL temos um gás no estado liquido que é transformado em gasoso e o gás no estado liquido dá um maior volume passando a gasoso, que será um determinado volume em litros.

Portanto quando eu falo que 1 litro de gpl dá os mesmos litros de gpl gasoso a 10 ou a 40 graus é neste sentido; ou seja, pego em 1 litro de gpl liquido, coloco-o num deposito que será sujeito a um ambiente a 10 graus de temperatura, gasefico-o e dá-me “x” litros dele gasoso. Pego no mesmo 1 litro de gpl liquido e coloco-o num deposito que depois sujeito a um ambiente a 40 graus, gasefico-o e tem de me dar o mesmo nº. de litros, em gasoso, comparando com a situação a 10 graus.

Doutra forma! Tenho 2 depositos de 1 litro, encho os 2 de gpl liquido, ponho 1 a 10 graus e o outro a 40 graus (sem perdas, sem válvulas, sem whatever); no bocal de cada um ponho 1 balão, gasefico ambos; em ambos tenho de ter, acabando-se o gás em estado liquido, os mesmos litros de gpl em estado gasoso.

Um pouco à semelhança do 1 kilo de algodão versus 1 kilo de chumbo; qual pesa mais? É o mesmo, 1 kilo é 1 kilo e 1 litro liquido gaseficado dá os mesmos litros gasoso, seja a que temperatura for; penso eu!

A situação da garrafa que enuncias, nesta situação, na situação que temos estado a trocar ideias não se aplica pois quando metemos gpl nos nossos carros ele está em estado liquido e o cerne da questão está aqui no gás liquido que colocamos e que temos uma autonomia com ele no inverno e temos outra diferente no tempo quente.

É precisamente pela situação inversa do intercooler (ter uma determinada pressão "fechada" e ela aumentar, aumentado o volume num espaço fechado) que considero poder existir uma valvula de descarga para "pressão a mais/volume a mais para o espaço ocupado e assim "ir gás fora".

Tendo andado a ver se encontrava mais alguma informação descobri entre outros estes sites;

O 1º tem a ver com o gpl em si que eu queria bastante mais técnico, nomeadamente a quantidade de volume liquido versus a quantidade gás; não está fácil; uma grande duvida minha é a de que 1L=1dm3=1m3 mas agora como é 1L de gpl é 1 m3 Normal (Nm3) ou é 1 L a 1013bar? E depois o resto, se 1L de gpl liquido e a 1013bar tem um peso de 0,5Kg e sei que 1L  de gpl gasoso tem um peso de 2,2Kg; isto terá influência claro; fica o link da LINDE com um conversor de gases (usei o propano (C3H8)):
http://www.linde-gas.pt/pt/news_and_media/tool/gas_calculator/index.html (http://www.linde-gas.pt/pt/news_and_media/tool/gas_calculator/index.html)

O 2º tem a ver com características que encontrei sobre a utilização de diversos gases no gpl em que afirmam que o gpl enquanto combustível para carros é um cocktail e explica a diferença de utilização dele butano versus propano:
https://raposastuta.wordpress.com/2009/02/10/o-que-devemos-saber-sobre-gas/ (https://raposastuta.wordpress.com/2009/02/10/o-que-devemos-saber-sobre-gas/)

O 3º tem a ver com algumas mais pessoas, já em 2010 (podemos utilizar o argumento de que as coisas entretanto modificaram-se devido à evolução do sistemas e tal) darem conta de diferenças de consumo entre o tempo quente e o tempo frio:
http://forum.autogas.pt/forum/viewtopic.php?f=16&t=10728 (http://forum.autogas.pt/forum/viewtopic.php?f=16&t=10728)

Não desconsidero, nem o posso desconsiderar pois não tenho dados concretos naquilo que sugeres no teu antepenúltimo parágrafo sobre misturas pobres.

Quanto à opinião que me pediste!

Sobre os invernos do Alentejo, conheço-os relativamente bem e dou-te inteira razão sobre as suas características, secos e frios “como o raio”. As tuas viagens; a explicação que encontro é a de existir realmente um arrefecimento do depósito, ele concentrar em algo e assim modificar a indicação de reserva/não reserva do depósito (para mim isto até é pacifico); a autonomia dele estando inicialmente na reserva e em seguida já não estar e dar-te para a viagem, também a aceito, (a minha mulher tem medo que se pela disso mas eu acho no caso do sandero que nunca passou dos 24/25 litros e o livro diz ter um deposito de perto de 34 litros, ainda tem 10 litros o mais mesmo e luz da reserva acesa) Não sabendo o consumo do teu carro a gás, sei-o no sandero e para esses 140 kms necessitaria de perto de 10 a 11 litros.

Agora e no cerne da questão fulcral, mesmo tu, nas tuas ante e penúltima frases indicas ter maior autonomia no inverno que no verão com o gpl.

Eu pessoalmente ainda necessitarei de atravessar novembro, dezembro e janeiro para estabelecer uma relação mais concreta daquilo que afirmo mas estou convicto que corrobarei o que tenho eu e mais companheiros defendido sobre isto.

Mas… eu espero e agradeço a informação e o conhecimento que daqui, desta troca de ideias possa vir a desfrutar e acabamos todos por dizer algo a todos.

Cumprimentos
Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 10 de Julho de 2017, 17:46 pm
jotaaga, estás te a esquecer do volume, ou seja, um litro de gpl liquido corresponde a x litros de gpl gasoso, só que a 10ºC ele ocupa um determinado volume, e a 40ºC ele ocupa um volume maior, porque está mais expandido, se medires a quantidade de gás num centímetro cúbico a 10ºC o gás está mais denso que a 40ºC por isso a 40ºC, o gás será menos denso e por consequência, 1cm3 de gás a 40ºC  terá menor poder energético que um 1cm3 de gás a 10ºC .

É por essa razão que com o calor a pressão sobe, porque o gás que está expandido, com o calor aumenta de volume, como não tem para onde ir, aumenta a pressão.

Os injectores não são mais que torneiras elétricas que abrem e fecham durante um período de tempo correspondendo à aceleração, a quantidade / tempo de abertura que passa é igual de verão ou de inverno, partindo  do principio que a aceleração é igual.
Imaginamos que o injector debita 1cm3, de inverno o gás é mais denso e por isso tem maior poder energético, que de verão, o que irá provocar uma perda de potencia e depois será necessário compensar em termos de acelerador essa perda de rendimento aumentando o consumo.
Como a evolução da temperatura ao longo do ano é gradual, não nos apercebemos da diferença.
Esta é a minha teoria em relação ao consumo superior de verão.

Eu também já procureie não consigo encontrar informação sobre as especificações da válvula de segurança, para saber até que temperatura e pressão o deposito tem que estar sujeito para a válvula disparar.
Posso-te já adiantar que a temperatura que atinge o habitáculo, nada tem a ver com a temperatura do deposito, pois já fiz o teste e fica abaixo da temperatura ambiente, hoje com 37ºC ao sol, a temperatura do deposito, se não me falha a memoria, estava nos 34ºC, mas depois podem comprovar no vídeo.

Conforme diz no site da landirenzo os depósitos numa utilização normal nunca atingem pressões acima dos 20 bar, tendo em conta a teoria que de verão perde gás, iria significar que a pressão iria subir acima dos 27 bar que é a pressão da válvula de segurança. Das duas uma, ou eles só testaram os depósitos durante o inverno, coisa que eu não acredito, ou então a teoria do calor de verão está muito longe de ser verdadeira.

O nível de gás mostrado no mostrador do carro corresponde ao gás no estado liquido, a pergunta que se coloca é se de verão com o carro parado, o nível de gás no estado liquido baixa ou não, enquanto o carro está parado?

Acredito que esta teoria possa ter surgido com base no que acontece com a gasolina que evapora dos depósitos com o calor, acontece é que os depósitos de  gasolina não são herméticos como o do gás, e o vapor da gasolina perde-se para o ambiente. Se fossem herméticos,  o que iria acontecer, era a evaporação durante o dia e quando a temperatura baixa-se ela iria condensar e não seria perdida.
Usando o mesmo pensamento com o que acontece com a gasolina, juntando o aumento de consumo, a teoria mais fácil de se chegar é À perda de combustível para o ambiente conforme o que acontece com a gasolina devido ao facto da existência da válvula de segurança.
Para se poder afirmar que é isso que acontece é preciso saber se realmente existem condições para tal acontecer e até agora ninguém mostrou factos que provem isso.


Título: Re: GPL, um artigo recente.
Enviado por: Sls a GPL em 12 de Julho de 2017, 16:17 pm
Continuando...

O ensaio que tinha dito que ia fazer.

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=B-XgYoGiayw#)

Como se pode ver, as temperaturas do deposito não são nada por ai alem.

Visto não haver informação até agora que indique qual a temperatura que leva o gás a expandir-se de tal forma que possa a sua permanência dentro do deposito, podemos considerar os 70ºC que é a temperatura a que está regulada as válvulas de segurança das botijas de gás domestico no Brasil. Não sei se em Portugal utiliza-se algum  sistema semelhante.

Tendo isso em conta, era preciso o carro estar bastante quente para tal acontecer  :laugh: por isso não é pelo dia de calor que o gás sai do deposito ;)

Vídeo explicativo sobre as válvulas das botijas de gás:

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=ud_e8u1uKMY#)

E imagem

(https://3.bp.blogspot.com/-Ahgs_F9RlNI/UHmdaBqGhTI/AAAAAAAAHhA/n5hGhgGoTLk/s640/f30+f28.bmp)